Aqui há mais uma evidência da inteligência dos gregos, de uma época de rápidos avanços das artes; e assim como vemos para a literatura, temos a troca frequente de outras técnicas e culturas entre os povos antigos.
As esculturas que temos aqui são atribuídas a Polímedes de Argos, Os irmãos Cleóbis e Biton, 615-590 a.C., estão no Museu Arqueológico, em Delfos; representam os dois irmãos, filhos de uma sacerdotisa, que se sacrificaram por Hera, esposa de Zeus, mas para um investigador da história da arte são um nítido avanço técnico.
Quem demonstra a grande inovação e a distinta inteligência de Polímedes, nessas esculturas, é Gombrich, em A História da Arte, revelando a essência da técnica do escultor e da sua tentativa. Teria aprendido no Egito, vê-se nitidamente que usa moldes prontos que podemos ver em esculturas egípcias mais antigas, mas também vemos aqui uma experimentação incrível, pois os joelhos da estátua evidenciam a busca por lhes dar uma forma ainda mais real, fugindo do que se tinha comumente.
A partir daí, rompem com a técnica egípcia, baseada em fórmulas fixas, e fazem mais uso da observação da natureza e busca pela exatidão dessas representações artísticas.