O mundo ao redor do Mar Egeu, antes da formação grega, era basicamente habitados por povos da mesma origem étnica dos que habitavam a ásia menor. Esses se espalham pela península grega, pelas ilhas e pela costa ao leste do mar Egeu, mas só chegaram a Creta em algum momento posterior, já estando o em curso o desenvolvimento das civilizações no Egito, Mesopotâmia e Palestina.
Nos primeiros séculos de habitação, Creta não vai apresentar grandes diferenças em relação aos povoados das outras ilhas, do continente e das costas. Posteriormente, em Creta, se desenvolve uma grande civilização com diferenças mais fortes: os Minoicos ou Cretenses.
Uma civilização que nasce tarde e começa a apresentar maiores progressos a partir do III milênio antes de Cristo, atrasada com relação a outros povos como os egípcios. A partir do II milênio há um rápido desenvolvimento e a construção de grandes palácios em importantes cidades da ilha. Creta vai se tornar uma das maiores potências comerciais de sua época, havendo vestígios de sua cultura e atividade comercial no Egito, Mesopotâmia, Anatólia, Palestina etc.
A península grega vai ser habitada predominantemente pelo mesmo grupo étnico até o II milênio, quando chegam os primeiros povos vindo do norte, até então nada a separava dos habitantes do entorno, da região que se estendia até os Balcãs.
Os invasores, vindos do norte, são de um grupo étnico diferente. Não são asiáticos ou mediterrâneos como os naturais daquela região, mas sim Indo-Europeus, como outros que virão também do norte em levas posteriores.
No século XVI, eles já terão dominado a região de Argos, e ficarão conhecidos como Aqueus. Os Aqueus já são os primeiros gregos, ou pelo menos já trazem os traços fundamentais para a formação do povo grego, em especial a integração étnica e cultural entre elementos mediterrâneos e indo-europeus.
Haverá entre os aqueus e os cretenses forte intercurso. Em contato com Creta, os aqueus vão aprender muito das técnicas, da arte e da cultura já desenvolvida na ilha, de modo que se não houve um domínio político de creta sobre os aqueus, pode se dizer que houve um domínio, ou no mínimo uma profunda influência no âmbito cultural.
Os aqueus aprendem com a cultura cretense e vão desenvolver também uma forte aptidão para o comércio, ainda que mantendo sua origem social guerreira. Em troca, Creta vai aprender com os aqueus o uso dos cavalos, que só aparecem na ilha algum tempo depois da chegada destes no Continente.
Em 1.400 A.C, os aqueus invadiram Creta, destruíram o palácio de um de seus centros mais importantes, Cnossos, e a civilização cretense entrou em declínio.
Se o império de mar chegava ao seu poente, os aqueus do continente vão se erguer para tomar o seu espólio. Vão dominar o comércio no mar egeu e assumir as rotas que antes pertenciam aos cretenses, estando à frente desse processo em especial a civilização aquinense que se desenvolve em Micenas.
Na costa ao Leste do Mar Egeu, nas região de Tróia, haverá também indo-europeus dominando importantes rotas comerciais, o confronto entre esses dois grupos ficará na memória grega em especial por meio da poesia homérica como a Guerra de Tróia.
A vitória contra seus irmãos do outro lado do mar, no entanto, não vai impedir que esse povo também entre em declínio. Com a chegada de uma nova leva de indo-europeus vindos do norte, os Dórios, o mundo Micénico cairá em decadência.